Câmeras de IA oferecidas a marinheiros no Pacífico para rastrear plástico

Marinheiros estão sendo solicitados a equipar câmeras com inteligência artificial e usar rastreadores GPS se forem para o Pacífico — especificamente para qualquer lugar entre a Califórnia e o Havaí — neste verão. A ideia é ajudar a mapear o plástico na Grande Mancha de Lixo do Pacífico (GPGP). Atualmente, a Ocean Cleanup (a organização sem fins lucrativos holandesa responsável por essa visão) tem oito barcos inscritos para o projeto, que vai de julho a setembro. O ideal seria que houvesse de 20 a 30 veleiros (a participação é gratuita).
A organização quer rastrear a mancha, o maior acúmulo de plástico flutuante do mundo, usando tecnologia de ponta e IA para poder limpá-la de forma mais eficiente no futuro.
“Para nos ajudar a direcionar melhor nossas operações de extração e limpar a área de forma mais eficaz e econômica, precisamos entender onde estão localizadas as altas concentrações de plástico”, afirma Laurent Lebreton, chefe de pesquisa da organização. “A comunidade náutica pode se tornar cientista cidadã e impulsionar nossos esforços para resolver esta crise ambiental, aderindo e fazendo parte da solução.”
Os participantes receberão um Sistema Automático de Imagens de Detritos (ADIS – câmera com IA) para monitorar e mapear a distribuição dos detritos plásticos. Os marinheiros instalam a câmera no ponto mais alto possível da embarcação, certificando-se de que ela esteja voltada para a superfície do oceano — o ADIS fará o resto.
Os dados (imagens de plástico) serão enviados de volta à sede da Ocean Cleanup em Roterdã. Em seguida, a organização mapeará as concentrações de plástico em pontos críticos e usará software preditivo para rastrear seu movimento usando dados de circulação oceânica, ondas e vento.
Marinheiros precisavam se tornar caçadores de redes fantasmas
Como caçadores de redes fantasmas, os marinheiros serão solicitados a anexar rastreadores a equipamentos de pesca abandonados. Boias de rastreamento por GPS serão usadas para identificar equipamentos de pesca perdidos ou abandonados e redes fantasmas e, posteriormente, modelar onde itens grandes estão flutuando, localizando-os para futuras ações de limpeza.
“O GPGP é uma sopa de plástico em constante movimento que está impedindo a capacidade do oceano de ajudar a regular o clima e é prejudicial à vida marinha”, continua Lebreton.
A tecnologia tem um papel fundamental na limpeza dos oceanos no futuro. A integração estratégica do sensoriamento remoto de navios, drones e satélites, bem como o uso de IA e, em particular, do aprendizado de máquina, podem revolucionar a detecção, o rastreamento e a remoção de resíduos plásticos.
Mais informações sobre o processo estão disponíveis no site da organização.
A missão da organização é livrar os oceanos do mundo do plástico. Ela removeu mais de 100,000 mil quilos de lixo do GPGP nos últimos quatro anos. Estima-se que contenha cerca de 1960 toneladas de plástico, o GPGP cobre uma área duas vezes maior que o Texas e é composto principalmente por redes fantasmas e outros equipamentos de pesca, complementados por uma ampla variedade de peças de plástico que datam da década de XNUMX.
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