BRP relata queda na receita e adia orientação financeira do ano fiscal de 26

A empresa canadense BRP — fabricante das embarcações Sea-Doo e controladora de marcas de barcos como Manitou, Alumacraft e Quintrex — divulgou seus resultados financeiros para o quarto trimestre e o ano fiscal completo de 2025.
A empresa relata um declínio tanto na receita quanto nos lucros, observando que as vendas foram impactadas por condições voláteis e incerteza contínua, incluindo disputas tarifárias globais. Como resultado, a empresa decidiu adiar o fornecimento de orientação financeira para o ano fiscal de 2026.
Em comunicado, a empresa afirma: “Essa incerteza também teve um impacto negativo na demanda do consumidor, dificultando a oferta de projeções confiáveis neste momento”.
A notícia chega em meio Esforços da BRP para vender seus negócios marítimos, em uma tentativa de aumentar a lucratividade a curto prazo. A BRP prevê concluir o processo de venda no primeiro trimestre do ano fiscal de 2026.
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No quarto trimestre do ano fiscal de 2025, a receita ficou em CA$ 2.1 bilhões (US$ 1.47 bilhão), representando uma queda de 19.7%. O prejuízo líquido foi de C$ 44.5 milhões, uma queda de 114.7% em comparação ao ano passado. O EBITDA normalizado foi de C$ 239.8 milhões, uma queda de 44.6% em comparação ao ano passado.
A receita anual também sofreu queda, atingindo C$ 7.83 bilhões, uma queda de 21.4% em comparação ao ano passado.
Apesar da queda no desempenho financeiro, a empresa continua focada no desenvolvimento de produtos e iniciativas estratégicas. “Continuamos comprometidos em entregar produtos inovadores enquanto navegamos pelos desafios atuais do mercado”, diz José Boisjoli, presidente e CEO da BRP.
“A BRP demonstrou sua agilidade ao longo do ano fiscal de 2025 ao se adaptar rapidamente às condições de mercado mais brandas. Fomos o primeiro OEM a ajustar proativamente as remessas para reduzir o estoque da rede e atingimos nosso objetivo. Conforme previsto, nossa posição de estoque mais enxuta em comparação aos concorrentes resultou em perda de participação de mercado em curto prazo, mas protegeu nossa rede de revendedores e o valor de nossas marcas.
“Nesse contexto volátil, superamos a indústria off-road com nossos modelos atuais, o que fala muito sobre a atratividade de nossas linhas”, diz Boisjoli.
“Olhando para o ano fiscal de 2026, as disputas tarifárias globais em andamento criaram incerteza econômica, tornando as projeções financeiras mais desafiadoras neste momento. A longo prazo, nossa decisão estratégica de dobrar a aposta em Powersports deve nos permitir solidificar nossa liderança no setor, impulsionando ainda mais a inovação e capitalizando oportunidades de crescimento. Com um portfólio de produtos inigualável, uma rede de revendedores forte e um balanço patrimonial saudável, estamos bem posicionados para sustentar um crescimento lucrativo.”