Entrevista: Água Aberta Solar

Open Water Solar é uma empresa pioneira na fabricação de painéis solares. O fundador e CEO, Simon Angus, afirma que os painéis solares Open Water são “uma ordem de magnitude” mais fortes, mais leves e mais duráveis do que quaisquer outros painéis no mercado.
Em novembro de 2023, METSTRADE e Empreendimentos de iatismo se uniram para apresentar novo Pavilhão Start-Up – uma plataforma na METSTRADE show para startups emergentes mostrarem seus mais recentes produtos e tecnologias – e Open Water Solar foi uma das startups selecionadas.
Aqui, Angus discute os desafios e oportunidades da vida como uma startup.
Qual foi a maior lição desde que você começou o negócio?
“A maior lição que enfrentámos foi a obtenção desse equilíbrio entre I&D, financiamento e receitas. Como engenheiros, poderíamos desenvolver produtos o dia todo, mas os investidores gostam de ver vendas. Em que fase do processo de P&D você espera os primeiros testes? Este equilíbrio é muito difícil de alcançar. Para a Open Water tem sido um pêndulo oscilante entre financiamento, investidores e vendas. Agora que saímos da pesquisa e desenvolvimento e entramos na comercialização, esse problema diminuiu, mas foi muito difícil durante nossa pesquisa e desenvolvimento manter qualquer tipo de equilíbrio.”

O que torna o Open Water Solar diferente dos concorrentes em seu espaço?
“Nossos painéis solares são muito mais fortes, mais leves e mais duráveis do que quaisquer outros painéis no mercado. A forma como conseguimos isso é encapsulando as células solares muito frágeis em um laminado composto. Isso significa fibra de vidro na frente e atrás das células, proporcionando proteção máxima com o menor peso. Nossos concorrentes usam vidro pesado ou plástico menos durável para proteger as células.”
Como seus painéis solares estão sendo usados na indústria?
“Os iates precisam ter uma boa aparência. Esse é um dos seus principais atrativos. A outra é a liberdade que as pessoas obtêm por estarem em um iate. Os painéis solares tradicionais são pesados, volumosos e de formato retangular, nenhum dos quais se identifica com iates. Alternativamente, os painéis finos semiflexíveis existentes atualmente no mercado não resistem ao ambiente hostil.
“Nosso produto pode agregar à estética do iate por ser um contraste entre preto e branco e pode ser fabricado em qualquer formato. Eles também facilitam a transição para que até mesmo iates de 100 pés se tornem autossuficientes em energia quando ancorados. Não operar motores a diesel para alimentar sistemas de bordo como AC, cozinhas de produção de água, etc. é uma possibilidade real agora. Na primavera de 2023, instalamos 2.5 kW de energia solar em um Nautitech 46. Durante o verão, este barco não se conectou à energia da costa nem usou gerador por 80 dias seguidos.”
O que mais precisa ser implementado para tornar seu produto mais bem-sucedido?
“Nosso produto facilita a transição para o elétrico. Para conseguir isso, as baterias precisam se tornar ainda mais leves e acumular mais energia.”
Quais são os desafios e oportunidades do seu mercado?
“A oportunidade para energia solar composta é infinita. Podemos construir partes estruturais do barco que incorporem painéis solares que pareçam tão integrados que as pessoas não têm ideia de que também servem para fornecer energia ao próprio barco. A aparência das soluções solares existentes não é atraente, mas ser totalmente elétrica é. A nossa capacidade de nos misturarmos com a estética natural do barco e adicionarmos superfícies geradoras de energia é a nossa maior oportunidade. Nosso maior desafio até agora é fabricar painéis solares compostos no oeste do Canadá, onde a construção de barcos é limitada. Eventualmente iremos licenciar a nossa tecnologia para produção na Europa, mas até lá, a logística será o nosso maior desafio.”
Como seu consumidor está mudando?
“Temos visto uma grande mudança nos últimos anos na navegação elétrica, especialmente no mercado de iates de luxo. Iates silenciosos, Sunreef Yachts e Alva Yachts para citar apenas alguns, todos estão tentando se tornar livres de emissões. Com uma energia solar melhor que acrescenta e não prejudica a estética do barco, os consumidores estão vendo que esta é agora uma possibilidade real.”