Brasil afunda navio de guerra 'tóxico' que transportava amianto

São Paulo no mar Rob Schleiffert, CC BY-SA 2.0 , via Wikimedia Commons

A Marinha do Brasil afundou um porta-aviões desativado, apesar dos protestos em meio a preocupações de que o navio estava cheio de materiais tóxicos, incluindo amianto.

Numa articulação afirmação com o procurador-geral do país e o Ministério da Defesa, a Marinha confirmou que o 'naufrágio planejado e controlado' da embarcação São Paulo ocorreu na sexta-feira (3 de fevereiro de 2023) no Oceano Atlântico, a cerca de 350 km da costa brasileira. A profundidade da água na área é de cerca de 5 km, diz a marinha.

A posição de afundamento foi selecionada porque está dentro da Zona Econômica Exclusiva do Brasil, mas fora de quaisquer áreas ambientalmente protegidas.

A decisão de afundar o porta-aviões, que foi construído no final da década de 1950 na França, veio depois que as autoridades alegaram que não conseguiram localizar um porto disposto a aceitá-lo devido ao 'alto risco' dos materiais a bordo, e a degradação é tão grave que os reparos são impossíveis.

O porta-aviões de 266 metros, que navegou na marinha francesa como Foch por décadas, foi vendida para o Brasil em 2000 por US$ 12 milhões. Um incêndio começou a bordo em 2005, acelerando o declínio do navio.

A Marinha diz que afundou o navio na 'área mais segura' possível para afundar a embarcação, tendo em consideração 'a segurança da navegação e do meio ambiente' e 'a mitigação dos impactos na saúde pública, nas atividades pesqueiras e nos ecossistemas'.

No entanto, a decisão foi duramente criticada por grupos ambientalistas, que argumentam que as toxinas a bordo do navio representam um risco para a cadeia alimentar marinha.

A mídia local informou que uma tentativa legal de última hora de impedir o naufrágio por ambientalistas foi bloqueada por um juiz, que disse que um naufrágio “não planejado” poderia acabar sendo mais prejudicial aos ecossistemas do que um naufrágio “controlado” do antigo carro-chefe do país.

'Tendo em conta os factos apresentados e o risco crescente que envolve a tarefa de reboque, devido à deterioração das condições de flutuabilidade do casco e à inevitabilidade do naufrágio espontâneo/descontrolado, não é possível adoptar outra medida que não seja o alijamento do casco, através do naufrágio planejado e controlado', diz o comunicado conjunto.

No ano passado, a empresa turca Sok Denizcilik foi contratada pelo Brasil para desmantelar São Paulo para sucata. No entanto, as autoridades ambientais turcas bloquearam a entrada da embarcação no Mar Mediterrâneo pouco antes de sua chegada por rebocador.

O Brasil posteriormente comprou o navio de volta, mas optou por não deixá-lo entrar no porto devido ao risco ambiental que representa para as águas brasileiras.

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Uma resposta para “Brasil afunda navio de guerra 'tóxico' que transportava amianto”

  1. Mike Stewart diz:

    Nenhum de seus correspondentes percebe que o amianto só é um perigo se inalado como pó?
    No fundo do oceano não há risco